Em Filipenses, Paulo escreve da prisão encorajando a igreja a orar e a agradecer para receber a paz que excede entendimento. Em Lucas, Jesus corrige Marta por estar ansiosa com tarefas enquanto Maria escolhe estar aos pés dele. Ambos os textos mostram que a paz está em priorizar a presença de Deus.
A correria é quase um ídolo moderno. Há quem se orgulhe de “não ter tempo para nada”. No entanto, o ritmo acelerado tem cobrado um preço alto: ansiedade, esgotamento e relações superficiais. A Bíblia, porém, nos oferece um remédio surpreendente: paz. Não a paz circunstancial de um feriado, mas a paz de Deus, que excede todo entendimento.
Essa paz guarda coração e mente — lugares onde as batalhas acontecem. Guardar significa proteger de intrusos como preocupação crônica e medo. Para experimentá-la, o texto de Filipenses nos orienta a apresentar petições com ações de graças (Fp 4:6). A gratidão muda o foco do problema para o Deus que é maior que o problema.
A história de Marta e Maria traz um outro ângulo: a ansiedade de Marta não era por algo pecaminoso, mas por servir Jesus! Mesmo assim, a inquietação a impediu de desfrutar a presença de Cristo. Em nossos dias, podemos estar ocupados com coisas boas e ainda assim perder a prioridade. Jesus diz que apenas uma coisa é necessária: estar com Ele.
Da perspectiva da psicologia, desacelerar e praticar “mindfulness” reduz o cortisol (hormônio do estresse). Espiritualmente, essa prática se chama “quietude” — ficar diante de Deus e ouvir (Sl 46:10).