Jesus disse essas palavras aos judeus que acreditavam que a descendência de Abraão bastava para garantir liberdade. Paulo, em Gálatas, combate a falsa ideia de que voltar à circuncisão e à lei mosaica traria justificação. A verdadeira liberdade vem de Cristo, não de ritos ou méritos.
Liberdade em Cristo é um tema central do evangelho. Mas o que ela significa? Não é libertinagem, que é usar a graça como desculpa para o pecado (Rm 6:1-2). É ser liberto do domínio do pecado, da culpa e da tentativa inútil de se salvar pelos próprios esforços.
Jesus convida a sair de jugos pesados. Ele diz: “Meu jugo é suave e meu fardo é leve” (Mt 11:28-30). Quando tentamos nos justificar pelas obras, carregamos pesos que esmagam. Em contrapartida, a graça nos dá leveza para viver em alegria e santidade.
Paulo declara que Cristo nos libertou para sermos livres. Parece óbvio, mas muitos voltam para prisões antigas por hábito, medo ou ignorância. Atitudes religiosas, vícios, pensamentos tóxicos — tudo isso nos escraviza. A solução é permanecer em Cristo, conhecendo a verdade (Jo 8:32) e permitindo que o Espírito Santo direcione.
Na dimensão emocional, a liberdade nos livra da necessidade de agradar a todos. Confiar no amor de Deus permite dizer “não” quando necessário e “sim” para a vontade divina. É romper com padrões nocivos de aceitação e viver para agradar a Deus (Gl 1:10).