Paulo, em Efésios, não pede que os cristãos simplesmente perdoem; ele aponta o modelo: fomos perdoados em Cristo. Esse padrão muda tudo, pois fomos perdoados sem merecer. Assim, não perdoar é negar o que recebemos. Jesus também ensinou que devemos perdoar setenta vezes sete (Mt 18:21‑22), ou seja, ilimitadamente. Colossenses 3:13 complementa: “Assim como o Senhor os perdoou, perdoem uns aos outros”.
O perdão não é esquecer ou minimizar a dor. É uma escolha de liberar a pessoa e entregar a Deus o direito de justiça. Guardar rancor amarra a alma; perdoar a liberta. Pesquisas indicam que pessoas que perdoam experimentam menos depressão e ansiedade e até melhoram a saúde física. Espiritualmente, a falta de perdão nos impede de receber o perdão de Deus (Mt 6:14‑15). Quando perdoamos, abrimos caminho para a cura interior. A ferida cicatriza e, muitas vezes, as relações podem ser restauradas.