Perdoar é um dos atos mais difíceis — e mais libertadores — que um coração pode viver. O perdão não é um sentimento, é uma decisão. E mais do que um favor ao outro, é um presente a si mesmo.
Paulo nos lembra que devemos perdoar “assim como o Senhor nos perdoou”. Isso muda tudo. O perdão cristão não nasce da justiça humana, mas da graça divina. Deus nos perdoou quando ainda éramos culpados, e espera que façamos o mesmo — não por mérito, mas por amor.
Jesus, pendurado na cruz, orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34). O maior ato de perdão da história aconteceu no momento de maior dor. Isso revela que o perdão não depende das circunstâncias, mas da escolha de confiar em Deus como juiz justo.
Muitos confundem perdão com reconciliação. Perdoar é libertar o coração; reconciliar é reconstruir uma relação — e nem sempre isso é possível ou saudável. Mas perdoar é sempre necessário.
Guardar mágoa é como beber veneno esperando que o outro morra. Ela adoece a alma, rouba a paz e bloqueia a comunhão com Deus. Jesus disse: “Se não perdoardes, também o vosso Pai não vos perdoará” (Mt 6:15). O perdão é porta dupla — recebemos na mesma medida em que damos.
Efésios 4:31–32 nos orienta: “Livrem-se de toda amargura… sejam bondosos e compassivos, perdoando-se mutuamente, como Deus os perdoou em Cristo.”
Perdoar não é esquecer o que aconteceu, é escolher não ser mais prisioneiro do passado.
Quando perdoamos, o coração é curado. Quando retemos, o coração endurece. O perdão é o caminho da leveza — e a alma leve é a alma livre.
📌 Três Lições da Palavra
- Perdoar é obedecer ao amor de Cristo. O perdão é um reflexo da graça recebida (Cl 3:13).
- Perdão não apaga o passado, mas liberta o presente. Ele quebra o poder da mágoa e restaura a paz (Ef 4:31–32).
- Quem perdoa se parece com Jesus. O perdão é o caminho da cura e da liberdade (Lc 23:34).