A fé é testada nas tempestades. Quando tudo parece fora de controle, Deus nos ensina a confiar não na ausência do vento, mas na presença dEle.
Os discípulos estavam no barco com Jesus quando a tempestade veio. O mar rugia, o vento soprava forte, e o medo tomou conta. Eles o acordam dizendo: “Mestre, não te importa que pereçamos?” (Mc 4:38). É interessante: Jesus estava no mesmo barco, mas dormia. O que para eles era desespero, para Ele era descanso. A diferença estava na confiança.
Quando Jesus se levanta, não faz discursos longos — apenas fala: “Cala-te, aquieta-te.” A criação reconhece a voz do Criador, e o caos se submete. A tempestade obedece à Palavra. E, de repente, o silêncio que antes parecia ausência de Deus torna-se o sinal de Sua autoridade.
Essa cena revela algo profundo: o Deus que acalma o mar é o mesmo que habita o nosso coração. Ele ainda diz às tempestades internas — ansiedade, medo, culpa — “Aquieta-te”. A voz de Jesus continua ecoando no meio do barulho da alma.
O salmista já havia dito: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46:10). Não é um convite à passividade, mas à confiança. A fé madura aprende a silenciar o desespero para ouvir a voz do Senhor.
Às vezes, Deus acalma a tempestade ao nosso redor; outras vezes, acalma o coração no meio dela. Ambas são expressões do mesmo poder.
Pedro também viveu uma tempestade (Mt 14:27–31). Enquanto olhava para Jesus, andava sobre as águas; quando olhou para o vento, começou a afundar. A fé não é ausência de medo — é foco na presença.
A voz de Jesus ainda fala hoje, e Sua autoridade não mudou. Quando tudo grita, a fé escuta.
Ele não apenas acalma o mar — Ele acalma você.
📌 Três Lições da Palavra
- A presença de Jesus não evita tempestades, mas garante vitória nelas. (Mc 4:35–41)
- O mesmo Jesus que dorme no barco é o que comanda o mar. Confie mesmo quando Ele parece silencioso.
- A voz de Cristo ainda acalma o coração. Paz não é ausência de vento, é certeza de quem está no barco.