I. Introdução
A divisão dos reinos de Israel e Judá ocorreu após a morte do rei Salomão, que havia governado todo o território de Israel unificado. Salomão deixou um legado controverso, com muitas construções grandiosas e projetos ambiciosos, mas também com altos impostos e trabalho forçado que descontentaram as tribos do norte, que se sentiam marginalizadas em relação à Jerusalém, a capital e centro religioso do reino.
A primeira tentativa de divisão ocorreu durante o reinado de Salomão, quando um líder militar chamado Jeroboão liderou uma revolta contra ele (1 Reis 11:26-40). Jeroboão, natural da tribo de Efraim, estava insatisfeito com a política centralizadora e os projetos grandiosos de Salomão, que incluíam a construção do Templo em Jerusalém. Por causa de sua rebeldia, Salomão tentou matá-lo, mas Jeroboão fugiu para o Egito até a morte do rei.
Após a morte de Salomão, seu filho Roboão assumiu o trono em Jerusalém. Ele não foi bem recebido pelas tribos do norte, que queriam uma redução nos impostos e no trabalho forçado. Roboão, no entanto, se recusou a atender suas demandas e respondeu com arrogância, dizendo: “Meu pai carregou sobre vós um jugo pesado, e eu ainda vos aumentarei o jugo; meu pai vos castigou com açoites, mas eu vos castigarei com escorpiões” (1 Reis 12:14).
Essa resposta levou à rebelião das dez tribos do norte, que proclamaram Jeroboão como seu rei e fundaram o Reino de Israel, com Samaria como sua capital (1 Reis 12:16-20). O Reino de Israel incluía as tribos de Efraim, Manassés, Issacar, Zebulom, Dã, Naftali, Aser, Gade e Simeão.
Por sua vez, a tribo de Judá, que havia apoiado Roboão, permaneceu leal ao rei e formou o Reino de Judá, com Jerusalém como sua capital (1 Reis 12:21-24). O Reino de Judá incluía as tribos de Judá e Benjamim.
A divisão dos reinos de Israel e Judá criou uma divisão política e religiosa duradoura entre as tribos do norte e do sul. Os reis de Israel e Judá se revezaram em guerras e alianças, e ambos os reinos tiveram períodos de prosperidade e de declínio.
A história desses reinos é um lembrete da importância de permanecer fiel a Deus e de buscar a unidade em vez da divisão.
As razões para a divisão e como ela aconteceu
A divisão dos reinos de Israel e Judá foi resultado de uma série de fatores políticos, econômicos e religiosos. Como mencionado anteriormente, as tribos do norte se sentiam marginalizadas em relação a Jerusalém, a capital e centro religioso do reino, e estavam insatisfeitas com a política centralizadora e os projetos grandiosos de Salomão, que incluíam a construção do Templo em Jerusalém.
Além disso, a divisão foi agravada pela falta de liderança efetiva após a morte de Salomão. Seu filho Roboão mostrou-se um governante incapaz de conciliar as diferenças entre as tribos, e sua resposta arrogante às demandas das tribos do norte levou à rebelião e à fundação do Reino de Israel sob Jeroboão.
A religião também desempenhou um papel importante na divisão. Jeroboão, como novo rei de Israel, temia que seus súditos viajassem a Jerusalém para adorar no Templo e acabassem por se unir novamente com Judá. Para evitar isso, ele criou seus próprios lugares de culto, com bezerros de ouro em Betel e Dã, e nomeou seus próprios sacerdotes (1 Reis 12:26-33). Essa ação foi vista como uma afronta à adoração centralizada no Templo em Jerusalém e à autoridade dos sacerdotes levitas.
Ao longo dos séculos, os reis de Israel e Judá alternaram períodos de fidelidade e infidelidade a Deus. Alguns, como o rei Asa de Judá, foram fiéis a Deus e removeram os lugares de adoração pagã (2 Crônicas 15:8-16). Outros, como o rei Acabe de Israel, permitiram a adoração de Baal e se desviaram da fé em Deus (1 Reis 16:30-33).
A divisão dos reinos de Israel e Judá foi um momento importante na história de Israel e teve profundas consequências políticas e religiosas. Os reis dos dois reinos se envolveram em guerras e alianças, e ambos os reinos tiveram períodos de prosperidade e de declínio.
II. O Reino do Norte (Israel)
Origem e história do Reino do Norte
Após a divisão dos reinos, o Reino do Norte, também conhecido como Israel, foi governado por uma série de reis, alguns bons e outros maus, que enfrentaram desafios internos e externos. O primeiro rei de Israel foi Jeroboão, que governou por 22 anos (1 Reis 12:20). Ele estabeleceu a capital em Siquém e construiu um santuário em Betel, com bezerros de ouro como símbolos de adoração.
No entanto, a história do Reino do Norte foi marcada pela instabilidade política e religiosa. Os reis que se seguiram a Jeroboão muitas vezes foram governantes fracos ou corruptos que se desviaram da adoração a Deus e se entregaram à idolatria e ao paganismo. Muitos deles foram mortos em conflitos internos ou em guerras com o Reino do Sul.
Uma exceção notável foi o rei Jeroboão II, que governou por 41 anos e trouxe um período de prosperidade para Israel (2 Reis 14:23-29). Durante seu reinado, Israel recuperou grande parte de seu território perdido para a Síria e se tornou uma potência.
No entanto, o declínio do Reino do Norte continuou e em 722 a.C. o rei assírio Salmaneser V conquistou a capital, Samaria, e levou as dez tribos do norte ao exílio (2 Reis 17:1-6). A partir de então, Israel deixou de existir como uma entidade política independente e suas tribos foram assimiladas por outras nações.
A história do Reino do Norte é um lembrete de como a desobediência a Deus e a infidelidade podem levar a consequências desastrosas. A idolatria e o abandono da fé em Deus levaram à instabilidade política e ao declínio do reino, culminando em sua destruição e exílio.
Os reis do Reino do Norte e suas ações
O Reino do Norte, ou Israel, teve um total de 19 reis que governaram a região após a divisão do reino de Salomão. A maioria desses reis foi má influência para o povo, desviando-o da adoração ao verdadeiro Deus e promovendo a idolatria e a corrupção.
Um dos primeiros reis do Reino do Norte foi Jeroboão, que liderou a revolta contra Roboão, filho de Salomão, e foi proclamado rei por dez das doze tribos de Israel. No entanto, ele temeu que o povo viajasse para Jerusalém, no Reino do Sul, para adorar a Deus no templo, o que poderia levar à sua própria queda do poder. Por isso, como vimos antes, ele construiu bezerros de ouro em Betel e em Dã e disse ao povo que eles deveriam adorar ali em vez de ir a Jerusalém. Esse ato de idolatria se tornou um problema persistente no Reino do Norte, passando de geração em geração.
Outro rei notório do Reino do Norte foi Acabe, que se casou com Jezabel, uma princesa fenícia, e introduziu a adoração ao deus Baal em Israel. Acabe e Jezabel perseguiam os profetas de Deus e promoviam a adoração a Baal. Mais tarde, Elias, um dos profetas de Deus, confrontou Acabe e os profetas de Baal em um desafio para determinar qual Deus era o verdadeiro. Deus mostrou seu poder e se revelou a Elias em um fogo que consumiu o sacrifício no altar construído pelo profeta. Isso resultou na morte dos profetas de Baal e na restauração da adoração a Deus em Israel.
O último rei do Reino do Norte foi Oséias, que foi capturado pelo rei assírio Salmaneser V e levado em cativeiro juntamente com o povo de Israel. Isso aconteceu em 722 a.C. e marcou o fim do Reino do Norte. A queda do Reino do Norte foi o resultado de anos de desobediência e rebelião contra Deus, culminando na perda da proteção divina e na invasão estrangeira.
Breve Resumo sobre os Reis**:**
- Jeroboão – Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
e foi o primeiro rei do Reino do Norte, após liderar a revolta contra Roboão, filho de Salomão. - Nadabe – Filho de Jeroboão, reinou por apenas 2 anos e fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Baasa – Matou Nadabe e se tornou rei, reinando por 24 anos. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Elá – Filho de Baasa, reinou por 2 anos e foi assassinado por Zinri. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Zinri – Assassinou Elá e reinou por 7 dias, antes de se suicidar. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Onri – Liderou um golpe contra Zinri e se tornou rei, fundando uma nova dinastia. Reinou por 12 anos e fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Acabe – Filho de Onri, reinou por 22 anos e se destacou por sua malícia, mais do que todos os reis que o precederam. Casou-se com Jezabel, uma princesa fenícia, e introduziu a adoração a Baal em Israel. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Acazias – Filho de Acabe, reinou por 2 anos e fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Jorão – Filho de Acabe e irmão de Acazias, reinou por 12 anos e fez o
mal aos olhos do Senhor
. - Jeú – Liderou um golpe contra Jorão e toda a dinastia de Acabe, se tornando rei. Fez o que era
reto aos olhos do Senhor
, mas não se desviou dos pecados de Jeroboão. - Jeoacaz – Filho de Jeú, reinou por 17 anos e fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Jeoás – Filho de Jeoacaz, reinou por 16 anos e fez o que era
reto aos olhos do Senhor
, enquanto o sacerdote Joiada viveu. - Jeroboão II – Filho de Jeoás, reinou por 41 anos e permitiu que Israel se recuperasse militarmente, mas fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Zacarias – Filho de Jeroboão II, reinou por seis meses e foi assassinado por Salum. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Salum – Assassinou Zacarias e reinou por apenas 1 mês. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Menáem – Assassinou Salum e reinou por 10 anos. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Pecaías – Filho de Menáem, reinou por 2 anos e fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Peca – Liderou um golpe contra Pecaías e se tornou rei. Reinou por 20 anos e fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Oséias – Último rei do Reino do Norte, reinou por 9 anos e fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. Foi capturado pelo rei assírio Salmaneser V e levado em cativeiro juntamente com o povo de Israel.
Referências bíblicas: 1 Reis 12-22 e 2 Reis 1-17.
O pecado de adoração de ídolos e suas consequências
Infelizmente, o Reino do Norte (Israel) caiu em pecado, adorando ídolos e abandonando o Deus verdadeiro. Como vimos, este pecado começou com o primeiro rei de Israel, Jeroboão, que construiu dois bezerros de ouro para serem adorados em Betel e Dã, em vez de permitir que seu povo fosse a Jerusalém para adorar no templo do Senhor (1 Reis 12:28-33).
Esse pecado se espalhou por todo o reino, e nenhum dos reis subsequentes foi capaz de eliminar completamente a idolatria. Em vez disso, muitos deles promoveram a adoração a ídolos e se envolveram em práticas imorais, que eram comuns entre as nações vizinhas. Por exemplo, Acabe, que reinou por 22 anos, casou-se com Jezabel, uma princesa fenícia, e permitiu que ela trouxesse a adoração de Baal e Aserá para Israel (1 Reis 16:31-33).
Essa apostasia levou à rejeição de Deus e à sua ira. Deus enviou profetas para advertir o povo e chamá-los ao arrependimento, mas a maioria não ouviu e continuou em seu caminho de pecado. Como consequência, Deus permitiu que Israel fosse conquistado pelo Império Assírio em 722 a.C. e levado em cativeiro para terras distantes.
A queda do Reino do Norte foi um lembrete da importância de se manter fiel ao Senhor e evitar a adoração de ídolos. A Bíblia nos alerta sobre o perigo da idolatria em muitos lugares, como em Êxodo 20:3-5, que diz: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas nem as servirás, porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam“.
Portanto, devemos aprender com a história de Israel e buscar a Deus de todo o coração, evitando a tentação de seguir caminhos errados que levam à ruína e destruição.
Os profetas que falaram ao Reino do Norte
Os profetas foram importantes figuras na história de Israel e Judá, especialmente durante os períodos de desobediência e apostasia. No Reino do Norte, Deus enviou vários profetas para confrontar os reis e o povo em relação aos seus pecados e advertir sobre o julgamento vindouro.
O profeta Elias foi um dos mais conhecidos no Reino do Norte. Ele confrontou o rei Acabe e a rainha Jezabel por sua adoração de ídolos e sua perseguição dos profetas de Deus (1 Reis 18). Elias desafiou os profetas de Baal em um duelo de sacrifícios no Monte Carmelo e, através da intervenção de Deus, provou que Ele era o único Deus verdadeiro.
Outro profeta importante foi Eliseu, que sucedeu Elias após sua ascensão ao céu. Eliseu realizou muitos milagres, incluindo a multiplicação de pães e a cura de Naamã, o comandante sírio leproso (2 Reis 4-5).
Além desses dois profetas notáveis, Deus também enviou muitos outros profetas ao Reino do Norte, incluindo Amós, Oséias, Jonas e Miquéias, para alertar sobre a necessidade de arrependimento e a iminência do julgamento divino.
Infelizmente, a maioria dos reis e do povo do Reino do Norte não ouviu as palavras dos profetas e continuou a adorar ídolos e viver em pecado. Como resultado, o julgamento divino se abateu sobre eles e o Reino do Norte foi conquistado e destruído pelos assírios em 722 a.C. (2 Reis 17).
Referências bíblicas:
- 1 Reis 17-19: história de Elias e seus confrontos com Acabe e Jezabel
- 2 Reis 2-13: história de Eliseu e seus milagres
- Amós, Oséias, Jonas e Miquéias: livros proféticos que confrontam o Reino do Norte e suas práticas ímpias
- 2 Reis 17: narrativa do julgamento divino sobre o Reino do Norte.
III. O Reino do Sul (Judá)
Origem e história do Reino do Sul
O Reino do Sul, também conhecido como Judá, teve sua origem a partir da divisão do Reino Unido de Israel após a morte do Rei Salomão. A tribo de Judá, liderada por Roboão, filho de Salomão, manteve a soberania sobre a cidade de Jerusalém e as tribos de Benjamim e Judá, enquanto as demais tribos formaram o Reino do Norte, liderado por Jeroboão, como já mencionado anteriormente (1 Reis 12).
O Reino do Sul teve um total de 20 reis, todos descendentes de Davi, até a conquista da Babilônia em 586 a.C. O reinado de Davi e seu sucessor, Salomão, é considerado por muitos como o período de maior esplendor e prosperidade de Israel. No entanto, após a divisão do reino, Judá também enfrentou muitas dificuldades, incluindo conflitos com Israel e outras nações vizinhas.
Alguns dos reis mais conhecidos do Reino do Sul foram Asa, Josafá, Ezequias e Josias. Eles são lembrados por suas reformas religiosas e esforços para restaurar o culto a Yahweh e a justiça social em Judá (2 Crônicas 14-16; 17-20; 29-32; 34-35). No entanto, outros reis, como Manassés, foram acusados de promover a adoração de ídolos e de praticar a injustiça (2 Reis 21).
Após a queda do Reino do Norte, Judá tornou-se um vassalo da Assíria. Os reis de Judá pagavam tributo à Assíria em troca de proteção, mas muitas vezes isso significava que eles tinham que seguir as políticas e práticas religiosas da Assíria. Isso levou a conflitos internos e à opressão dos pobres, que se sentiam abandonados por seus líderes.
O Reino do Sul teve uma história rica e complexa, marcada por altos e baixos. Embora tenha havido momentos de reforma e renovação, também houve períodos de corrupção e idolatria. A história do Reino do Sul é um lembrete da importância de permanecer fiel a Deus e buscar a justiça em todas as circunstâncias.
Breve Resumo sobre os Reis
- Roboão – Filho de Salomão, reinou por 17 anos. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Abias – Filho de Roboão, reinou por três anos. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Asa – Filho de Abias, reinou por 41 anos. Fez o que era
reto aos olhos do Senhor
. - Josafá – Filho de Asa, reinou por 25 anos. Fez o que era
reto aos olhos do Senhor
. - Jeorão – Filho de Josafá, reinou por 8 anos. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Acazias – Filho de Jeorão, reinou por 1 ano. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Atalia – Mãe de Acazias, reinou por 6 anos. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Joás – Filho de Acazias, reinou por 40 anos. Fez o que era
reto aos olhos do Senhor
. - Amazias – Filho de Joás, reinou por 29 anos. Fez o que era
reto aos olhos do Senhor
, mas não de todo o coração. - Uzias – Filho de Amazias, reinou por 52 anos. Fez o que era
reto aos olhos do Senhor
. - Jotão – Filho de Uzias, reinou por 16 anos. Fez o que era
reto aos olhos do Senhor
. - Acaz – Filho de Jotão, reinou por 16 anos. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Ezequias – Filho de Acaz, reinou por 29 anos. Fez o que era
reto aos olhos do Senhor
. - Manassés – Filho de Ezequias, reinou por 55 anos. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Amom – Filho de Manassés, reinou por 2 anos. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Josias – Filho de Amom, reinou por 31 anos. Fez o que era
reto aos olhos do Senhor
. - Jeoaaz – Filho de Josias, reinou por 3 meses. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Jeoiacim – Filho de Josias, reinou por 11 anos. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Jeoaquim – Filho de Jeoiacim, reinou por 11 anos. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
. - Zedequias – Filho de Josias, reinou por 11 anos. Fez o que era
mal aos olhos do Senhor
.
Referências bíblicas: 1 Reis 12-22 e 2 Reis 1-25.
Os reis do Reino do Sul e suas ações
O Reino do Sul (Judá) teve uma história mais duradoura do que o Reino do Norte (Israel), durando cerca de 350 anos. Ao contrário do Reino do Norte, Judá manteve uma sucessão dinástica relativamente estável, com algumas exceções.
Entre os reis mais notáveis de Judá estão Asa, que “fez o que era reto aos olhos do Senhor“, removeu os ídolos e renovou o altar do Senhor (2 Crônicas 14-15). Josafá, filho de Asa, também governou bem e procurou a Deus (2 Crônicas 17-20). Ezequias, que removeu as imagens de ídolos e renovou a adoração a Deus, e procurou a ajuda do profeta Isaías durante a invasão assíria (2 Reis 18-19). Josias, que liderou uma reforma religiosa e encontrou o livro da lei no templo (2 Reis 22-23).
No entanto, nem todos os reis de Judá seguiram a Deus. Algumas figuras como Roboão, filho de Salomão, agiram com arrogância e negligência, levando a uma rebelião das tribos do norte e à divisão do reino. Manassés, filho de Ezequias, adorou ídolos, praticou a feitiçaria e até sacrificou seus próprios filhos (2 Reis 21). Acaz, filho de Jotão, ofereceu seus próprios filhos em sacrifício e adorou ídolos (2 Reis 16).
Assim como no Reino do Norte, a adoração a ídolos era um problema recorrente no Reino do Sul. Vários reis permitiram ou até mesmo promoveram a adoração a Baal e outros deuses pagãos. Isso levou a repetidas advertências dos profetas, incluindo Isaías, Jeremias e Ezequiel. O profeta Jeremias foi particularmente crítico dos reis que permitiram a idolatria e advertiu sobre a iminente destruição de Jerusalém como punição pelos pecados do povo (Jeremias 25:8-11).
O Reino do Sul (Judá) teve uma história mais estável do que o Reino do Norte (Israel), com alguns reis notáveis que procuraram a Deus e outros que adoraram ídolos e se afastaram de Deus. No entanto, a idolatria foi um problema persistente no Reino do Sul, levando a repetidas advertências dos profetas e, eventualmente, à queda de Jerusalém para os babilônios em 586 a.C.
A centralização da adoração a Deus em Jerusalém
No Reino do Sul, Judá, houve uma ênfase na centralização da adoração a Deus em Jerusalém, que foi estabelecida por Davi como a capital do reino (2 Samuel 5:6-10). O Templo de Jerusalém, construído por Salomão, tornou-se o centro da adoração a Deus, e as festas religiosas e os sacrifícios eram realizados ali (1 Reis 8:1-66).
Os reis de Judá geralmente apoiavam a adoração a Deus no Templo em Jerusalém e puniam aqueles que tentavam estabelecer locais de adoração em outros lugares. Por exemplo, quando o rei Acaz construiu um altar em Damasco em vez de adorar a Deus no Templo de Jerusalém, o profeta Isaías o repreendeu (2 Reis 16:10-18). O rei Ezequias, por outro lado, destruiu os locais de adoração pagãos e restaurou o Templo em Jerusalém, instituindo reformas religiosas em Judá (2 Reis 18:1-7).
No entanto, nem todos os reis de Judá mantiveram essa ênfase na adoração a Deus em Jerusalém. Alguns permitiram a adoração de ídolos e a construção de locais de adoração fora do Templo, o que levou à idolatria e à apostasia em Judá (2 Reis 21:1-18). O profeta Jeremias condenou essa prática, chamando a atenção para a importância de adorar a Deus somente no Templo em Jerusalém (Jeremias 7:1-15).
A centralização da adoração a Deus em Jerusalém foi um aspecto importante da fé no Reino do Sul, Judá. Os reis geralmente apoiavam essa centralização e puniam aqueles que a desafiavam. No entanto, nem todos os reis mantiveram essa ênfase na adoração a Deus em Jerusalém, o que levou à apostasia em Judá.
Os profetas que falaram ao Reino do Sul
Assim como no Reino do Norte, o Reino do Sul também teve seus profetas que falaram em nome de Deus para advertir o povo sobre a necessidade de se arrepender e se voltar para o Senhor.
O primeiro profeta mencionado no período do Reino do Sul é provavelmente Obadias, que profetizou a respeito do julgamento que viria sobre Edom por causa de sua hostilidade contra Judá (Obadias 1:1-9). Mais tarde, o profeta Joel chamou o povo ao arrependimento e à volta a Deus, falando sobre a necessidade de um jejum nacional e do derramamento do Espírito Santo (Joel 1:14; 2:12-32).
O profeta Isaías também foi um importante mensageiro de Deus no Reino do Sul. Ele condenou a idolatria e a injustiça social, e falou da vinda do Messias como o Servo Sofredor, que daria sua vida pelos pecados do povo (Isaías 53:1-12). Jeremias, outro profeta importante, também falou sobre o julgamento que viria sobre Judá por causa de sua idolatria e injustiça, mas também falou sobre a esperança de uma nova aliança com Deus (Jeremias 31:31-34).
Ezequiel, um sacerdote que foi levado para o exílio na Babilônia junto com outros judeus, também profetizou sobre o julgamento que viria sobre Judá e Jerusalém, mas também falou sobre a restauração do templo e do povo de Deus (Ezequiel 37:1-14). Por fim, o profeta Malaquias exortou o povo a se arrepender de sua falta de fidelidade a Deus e a esperar pela vinda do Messias, que purificaria o povo e restauraria a adoração verdadeira a Deus (Malaquias 3:1-4).
Os profetas do Reino do Sul exortaram o povo a se arrepender da idolatria e da injustiça, e a voltar-se para Deus. Eles também falaram da esperança de um Messias que viria para purificar o povo e restaurar a adoração verdadeira a Deus. Suas palavras ainda são relevantes hoje em dia, e nos lembram da necessidade de se arrepender e se voltar para Deus em meio às nossas próprias fraquezas e falhas.
IV. A queda de Israel
O cerco de Samaria e a queda do Reino do Norte
O Reino do Norte (Israel) caiu em 722 a.C. quando foi conquistado pelos assírios liderados pelo rei Tiglate-Pileser III. A queda de Israel foi um evento trágico, resultado da desobediência do povo em relação a Deus e do afastamento de seus líderes dos ensinamentos bíblicos.
O cerco de Samaria, a capital do Reino do Norte, foi o principal evento que levou à queda do reino. Durante o reinado do rei Oséias, os assírios invadiram Israel e sitiaram Samaria por três anos. A cidade finalmente caiu em 722 a.C. e muitos israelitas foram deportados para outras partes do império assírio (2 Reis 17:5-6).
Os profetas Elias, Eliseu e Amós advertiram o Reino do Norte sobre sua desobediência a Deus e a consequente punição que viria. Eles enfatizaram a necessidade de arrependimento e retorno à adoração verdadeira. Infelizmente, muitos líderes e pessoas de Israel ignoraram essas advertências e continuaram a seguir seus próprios caminhos.
Embora a queda de Israel tenha sido um evento trágico, Deus nunca abandonou seu povo. Ele enviou profetas para advertir Judá, o Reino do Sul, sobre os mesmos erros que Israel cometeu. Como vimos, os profetas Isaías, Jeremias e Ezequiel foram alguns dos que falaram ao Reino do Sul sobre a necessidade de arrependimento e retorno a Deus.
A queda do Reino do Norte foi um resultado da desobediência do povo em relação a Deus e da consequente punição que veio. A advertência dos profetas para Israel, bem como para Judá, é um lembrete importante de que a obediência a Deus é crucial para a segurança e prosperidade de um povo.
As causas da queda de Israel
A queda de Israel pode ser atribuída a uma série de fatores. Primeiramente, como mencionado anteriormente, a idolatria e a infidelidade ao Deus de Israel foram um grande problema para o Reino do Norte. Os reis de Israel permitiram e até incentivaram a adoração de deuses falsos e a prática de rituais pagãos. Isso enfraqueceu o relacionamento entre o povo de Israel e Deus, resultando em sua desobediência e rebelião.
Além disso, a corrupção política e econômica também foi um grande problema. Muitos reis de Israel foram corruptos e tirânicos, explorando seu próprio povo para enriquecimento pessoal. Isso levou à instabilidade e descontentamento entre a população, resultando em divisões e conflitos internos.
A influência de outras nações também contribuiu para a queda de Israel. A Assíria, uma grande potência na época, começou a invadir e conquistar territórios do Reino do Norte, enfraquecendo sua economia e militares. A aliança com outras nações também levou a dependência em vez de confiar em Deus.
Em 722 a.C., a capital do Reino do Norte, Samaria, foi cercada pelos assírios e, após um longo cerco, foi conquistada e o reino foi destruído. Isso foi visto como uma punição de Deus pela infidelidade de Israel e a sua confiança em outras nações e deuses.
A queda de Israel serviu como um aviso para o Reino do Sul, Judá, que ainda permanecia. Por isso, como vimos, muitos profetas, como Isaías e Jeremias, advertiram Judá sobre a sua desobediência e infidelidade, lembrando-os do que havia acontecido com o Reino do Norte. Infelizmente, Judá também acabou caindo em desobediência e foi conquistada pelos babilônios em 586 a.C.
Referências bíblicas:
- 2 Reis 17:7-23 – descreve a infidelidade de Israel e suas consequências
- 2 Reis 15-17 – descreve os reis de Israel e suas ações
- Oséias 4:1-3 – repreensão do profeta Oséias pela infidelidade de Israel
- Isaías 1:1-20 – profecia de Isaías sobre a infidelidade de Judá e suas consequências
O exílio dos israelitas para a Assíria
A queda de Israel culminou com o exílio do povo israelita para a Assíria. O rei assírio Salmaneser V cercou Samaria por três anos, até que a cidade finalmente caiu em 722 a.C. (2 Reis 17:5-6). A população foi então deportada para outras partes do império assírio (2 Reis 17:6).
Esse exílio dos israelitas foi o resultado de sua desobediência a Deus e à Sua aliança. Eles abandonaram a adoração do único Deus verdadeiro e adotaram a idolatria, seguindo práticas religiosas pagãs (2 Reis 17:7-18). O livro de 2 Reis registra que Deus permitiu a queda de Israel por causa de sua apostasia:
“Porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os tinha tirado da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; porque adoraram outros deuses, e andaram nos costumes dos povos que o Senhor tinha expulsado de diante deles, e nos costumes que introduziram os reis de Israel. E os filhos de Israel fizeram secretamente coisas que não eram direitas, contra o Senhor, seu Deus; e edificaram lugares altos em todas as suas cidades, desde a torre dos atalaias até às cidades fortes. E levantaram estátuas e imagens do bosque em todos os altos outeiros e debaixo de todas as árvores frondosas. E queimaram incenso em todos os altos, como os pagãos que o Senhor tinha expulsado de diante deles; e fizeram coisas más, provocando à ira o Senhor.” (2 Reis 17:7-11)
O exílio dos israelitas para a Assíria foi um evento trágico e doloroso para o povo de Deus. No entanto, a Bíblia também registra a promessa de Deus de restaurar o seu povo e trazer um remanescente de volta para a terra prometida. Essa promessa foi cumprida quando Ciro, rei da Pérsia, permitiu que os judeus voltassem do exílio babilônico e reconstruíssem o templo em Jerusalém (Esdras 1:1-4).
A queda de Israel e o exílio para a Assíria foi o resultado da desobediência e apostasia do povo de Deus. No entanto, Deus ainda manteve Sua promessa de restaurar Seu povo e trazer um remanescente de volta à terra prometida.
V. O destino de Judá
O reinado de Ezequias e Josias
Já falamos bastante sobre Ezequias, mas seu reinado e o reinado de Josias foram períodos importantes na história de Judá, especialmente na sua relação com Deus e sua adoração.
Vimos acima que Ezequias, filho de Acaz, foi um dos reis mais fiéis a Deus em Judá. Ele iniciou seu reinado removendo os altares de ídolos que seu pai havia colocado em Judá e restaurando o templo do Senhor em Jerusalém (2 Reis 18:4). Ele também reconstruiu a muralha de Jerusalém, fortalecendo a cidade contra inimigos (2 Crônicas 32:5).
Além disso, Ezequias confiou em Deus em tempos de crise, como quando a Assíria ameaçou invadir Judá. Ele orou ao Senhor e o Senhor o livrou da mão do rei da Assíria (2 Reis 19:14-19). Ezequias também foi um líder sábio e justo que estabeleceu reformas religiosas em Judá, incluindo a celebração da Páscoa conforme as leis de Deus (2 Crônicas 30).
Josias, outro rei justo de Judá, subiu ao trono quando tinha apenas 8 anos de idade. Durante seu reinado, ele ordenou a restauração do templo e a remoção dos altares de ídolos que haviam sido erguidos em Judá. Ele também ordenou a leitura da Lei do Senhor para o povo, que levou a uma grande reforma religiosa em Judá (2 Reis 22-23).
Josias renovou a aliança do povo com o Senhor, conduzindo uma grande celebração da Páscoa em Jerusalém e rejeitando todas as outras formas de adoração que não eram consistentes com a Lei do Senhor. A Bíblia diz que Josias foi um rei que “fez o que era certo aos olhos do Senhor e andou em todo o caminho de Davi, seu predecessor, sem desviar-se nem para a direita nem para a esquerda” (2 Reis 22:2).
Mesmo com os reis justos como Ezequias e Josias, Judá não foi capaz de evitar sua própria queda e exílio para a Babilônia. Mas os exemplos desses reis fiéis nos ensinam que a fidelidade a Deus e sua palavra é a base de uma vida justa e próspera, não apenas para reis, mas para todos os que desejam seguir a Deus.
A queda de Jerusalém para a Babilônia
Como vimos também, apesar dos esforços de alguns reis piedosos, o Reino do Sul de Judá não conseguiu evitar o mesmo destino que o Reino do Norte de Israel. Em 586 a.C., Jerusalém foi cercada e conquistada pelos babilônios liderados por Nabucodonosor II. O Templo de Salomão foi destruído e a maior parte da população de Judá foi levada para o exílio na Babilônia.
A queda de Jerusalém para a Babilônia é um evento central na história de Judá, que é descrito em 2 Reis 25, 2 Crônicas 36 e Jeremias 52. O cerco de Jerusalém durou cerca de um ano antes da cidade ser invadida e destruída pelos babilônios. A descrição bíblica da destruição de Jerusalém é bastante detalhada, incluindo a morte do rei Zedequias, a destruição do Templo e a captura da população para o exílio.
No entanto, a Bíblia também oferece uma mensagem de esperança, apontando para o fato de que o exílio não era o fim da história para o povo de Deus. O profeta Jeremias profetizou que o exílio duraria 70 anos (Jeremias 25:11-12), após os quais Deus traria o povo de volta para a sua terra. Isso se cumpriu quando Ciro, rei da Pérsia, conquistou a Babilônia em 539 a.C. e permitiu que os judeus voltassem para Jerusalém e reconstruíssem o Templo (Esdras e Neemias).
A queda de Jerusalém para a Babilônia é um exemplo da fidelidade de Deus para punir o pecado e a infidelidade do seu povo, mas também do seu amor e misericórdia para com eles, ao cumprir as suas promessas de restauração e redenção.
O exílio dos judeus para a Babilônia
A queda de Jerusalém para a Babilônia, em 586 a.C., resultou no exílio da população de Judá para a Babilônia. Este evento é considerado uma das tragédias mais significativas na história judaica e é conhecido como o exílio babilônico. Como vimos, a queda de Jerusalém foi prevista por vários profetas, incluindo Jeremias e Ezequiel, que advertiram o povo de Judá sobre a destruição iminente se não se arrependessem de seus pecados e se voltassem para Deus.
A descrição do cerco de Jerusalém e a subsequente destruição do Templo e da cidade pode ser encontrada em 2 Reis 25 e Jeremias 39-52. O exílio para a Babilônia durou 70 anos, conforme previsto pelo profeta Jeremias, que também encorajou o povo a confiar em Deus e a se adaptar à vida no exílio (Jeremias 29:4-14).
Durante o exílio, os judeus mantiveram sua fé e tradições, apesar das dificuldades enfrentadas. Eles foram eventualmente autorizados a retornar a Judá por Ciro, o Grande, rei da Pérsia, em 538 a.C., e reconstruíram o Templo em Jerusalém sob a liderança de Zorobabel e Josué, conforme relatado em Esdras e Neemias.
VI. Conclusão
O que podemos aprender com a história dos Reinos de Israel e Judá
Há várias lições que podemos aprender com a história dos Reinos de Israel e Judá. Primeiramente, podemos ver como o pecado e a desobediência a Deus levaram à destruição e ao exílio dos dois reinos. Tanto o Reino do Norte quanto o do Sul foram punidos por causa da idolatria e da injustiça, mostrando que Deus leva a sério a obediência de seu povo.
Além disso, podemos ver a importância da liderança justa e piedosa. Reis como Davi, Ezequias e Josias foram elogiados por suas atitudes de obediência a Deus e amor pelo povo. Por outro lado, reis como Acabe e Manassés foram repreendidos por sua maldade e apostasia.
Outra lição importante é a necessidade de arrependimento e retorno a Deus. Em diversas ocasiões, Deus deu oportunidades para os reis e o povo se arrependerem e se voltarem para Ele, mas muitas vezes eles ignoraram essas oportunidades e continuaram em seu caminho de pecado.
Por fim, podemos ver o cumprimento das profecias bíblicas, tanto no julgamento de Israel e Judá quanto no retorno do exílio e na restauração do povo judeu. Isso nos dá confiança na fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas e na importância de confiar Nele em todas as circunstâncias.
Referências Bíblicas
- 2 Reis 17:7-23
- 2 Reis 18-19
- 2 Crônicas 29-32
- Jeremias 25:1-14
- Jeremias 29:10-14
- Daniel 9:1-19
A importância da fidelidade a Deus e das consequências do pecado
Certamente, a história dos reinos de Israel e Judá nos ensina a importância da fidelidade a Deus e as consequências do pecado. Ambos os reinos começaram bem, mas se afastaram de Deus ao longo do tempo, o que levou à sua queda e exílio.
Um exemplo disso é a história de Jeroboão, o primeiro rei do Reino do Norte (Israel), que desobedeceu a Deus e fez com que o povo adorasse ídolos. Isso levou à sua queda e ao exílio dos israelitas para a Assíria (1 Reis 12-2 Reis 17).
Outro exemplo é o rei Manassés, de Judá, que fez “o que era mau perante o Senhor, conforme as abominações das nações que o Senhor tinha expulsado de diante dos filhos de Israel” (2 Reis 21:2). Por causa disso, Judá foi levado ao exílio para a Babilônia.
Essas histórias nos ensinam que a fidelidade a Deus é essencial para nossa vida e que as consequências do pecado são graves. É importante lembrar que Deus é um Deus de amor e misericórdia, mas também é um Deus justo que não pode tolerar o pecado. Por isso, devemos buscar sempre viver de acordo com a sua vontade, para evitar as consequências negativas que podem surgir devido à nossa desobediência.
Referências Bíblicas
- 1 Reis 12-2 Reis 17, especialmente as histórias dos reis Jeroboão e Manassés.
A esperança da restauração e redenção em Deus
Apesar da queda dos reinos de Israel e Judá e do exílio de seus habitantes, a Bíblia também oferece esperança de restauração e redenção em Deus. Por exemplo, o profeta Isaías fala sobre um servo de Deus que sofre pelos pecados do povo e traz a esperança de redenção (Isaías 52:13-53:12). Além disso, os profetas Jeremias e Ezequiel falam sobre um novo pacto que Deus fará com seu povo, no qual ele escreverá suas leis em seus corações e os perdoará completamente de seus pecados (Jeremias 31:31-34; Ezequiel 36:25-27).
De fato, a história do povo de Deus não termina com a queda dos reinos de Israel e Judá. O Novo Testamento conta como Jesus Cristo veio ao mundo como o Salvador prometido, e através dele todas as pessoas podem encontrar a restauração e a redenção em Deus. Como está escrito em João 3:16, “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
A história dos reinos de Israel e Judá nos ensina a importância da fidelidade a Deus e das consequências do pecado, mas também nos dá esperança de restauração e redenção em Deus, seja por meio da promessa dos profetas do Antigo Testamento ou pela obra redentora de Jesus Cristo no Novo Testamento.
Referências Bíblicas:
- 1 Reis 12
- 2 Reis 17
- 2 Crônicas 36
- Jeremias 25:11-12
- Jeremias 29:10
- Jeremias 31:31-34
- Ezequiel 37:1-14
- Esdras 1:1-4
- Neemias 1:3-4
- Neemias 2:1-8
- Zacarias 1:16
- Zacarias 8:1-8
Caro estudante,
Que a paz de Deus esteja sempre com você. Espero que nossa conversa sobre a história dos Reinos de Israel e Judá tenha sido edificante e inspiradora para você. Através desses relatos bíblicos, podemos aprender muito sobre a importância da fidelidade a Deus, as consequências do pecado e a esperança da restauração e redenção em Deus.
Lembre-se de que, assim como Deus restaurou seu povo após o exílio babilônico, Ele também pode restaurar as áreas de sua vida que precisam de cura e renovação. Tenha fé e confie que Deus está no controle de todas as coisas e que Ele tem um plano para a sua vida.
Não desanime diante dos desafios e dificuldades que surgirem em seu caminho, pois Deus está ao seu lado e o capacitará a enfrentá-los. Continue estudando e buscando a verdade de Deus em Sua Palavra, e permita que Seu Espírito Santo o guie e fortaleça em todas as situações.
Que Deus abençoe sua jornada de aprendizado e crescimento espiritual.
Atenciosamente,
Oração
Querido Deus,
Obrigado por me conceder a oportunidade de estudar e aprender mais sobre a sua Palavra e a história do seu povo. Me sinto abençoado por ter acesso a essas informações e poder aprofundar meu conhecimento em sua vontade e propósito para minha vida.
Que eu possa aplicar tudo o que aprendi em minha vida diária e ser um exemplo vivo do amor e da fidelidade que o Senhor espera de mim. Ajude-me a ser perseverante em meus estudos e a sempre buscar o seu conhecimento e sabedoria.
Peço a sua orientação e direção em todas as áreas da minha vida, incluindo meus estudos. Que eu possa glorificar o seu nome e cumprir a sua vontade através do meu aprendizado.
Obrigado por ouvir a minha oração e por ser um Deus fiel e amoroso.
Em nome de Jesus, amém.
Questionário
- Qual foi o primeiro rei de Israel, após a unificação das tribos?
- [ ] a) Saul
- [ ] b) David
- [ ] c) Salomão
- [ ] d) Jeroboão
- O Reino do Norte foi também conhecido como:
- [ ] a) Reino de Israel
- [ ] b) Reino de Judá
- [ ] c) Reino de Efraim
- [ ] d) Reino de Benjamim
- O profeta Elias confrontou e derrotou os profetas de:
- [ ] a) Baal
- [ ] b) Astarote
- [ ] c) Moloque
- [ ] d) Dagon
- Qual foi a causa da divisão dos Reinos de Israel e Judá?
- [ ] a) Diferenças políticas
- [ ] b) Diferenças religiosas
- [ ] c) Diferenças culturais
- [ ] d) Diferenças territoriais
- O exílio dos israelitas para a Assíria aconteceu durante o reinado de qual rei de Israel?
- [ ] a) Acabe
- [ ] b) Jeú
- [ ] c) Oséias
- [ ] d) Jorão
- Qual dos seguintes reis de Judá foi conhecido por sua reforma religiosa?
- [ ] a) Acaz
- [ ] b) Manassés
- [ ] c) Ezequias
- [ ] d) Jeoaquim
- Qual profeta previu a queda de Jerusalém e o exílio dos judeus para a Babilônia?
- [ ] a) Jeremias
- [ ] b) Isaías
- [ ] c) Ezequiel
- [ ] d) Oséias
- Quanto tempo durou o exílio dos judeus na Babilônia?
- [ ] a) 40 anos
- [ ] b) 70 anos
- [ ] c) 100 anos
- [ ] d) 200 anos
- O que podemos aprender com a história dos Reinos de Israel e Judá?
- [ ] a) A importância da fidelidade a Deus e das consequências do pecado
- [ ] b) A necessidade de poder político e militar para a sobrevivência de uma nação
- [ ] c) A irrelevância da religião na política e na vida cotidiana
- [ ] d) A superioridade do povo de Deus em relação aos outros povos.
Respostas
- d
- a
- a
- b
- c
- a,c
- a
- a
- a