Se tem um assunto que sempre gera debate dentro das igrejas, é o tal do dízimos e ofertas.
De um lado, alguns dizem que ele é obrigatório, que se não der está “roubando a Deus” e que quem oferta será recompensado com bênçãos financeiras.
De outro, muitos afirmam que, depois da vinda de Jesus, essa prática perdeu a validade e que a contribuição na igreja deve ser algo voluntário, sem um percentual fixo.
No meio disso tudo, surgem as pregações da chamada teologia da prosperidade, que fazem promessas tentadoras: “Dê sua oferta com fé e Deus vai te multiplicar cem vezes mais!”, “Quanto mais você der, mais você receberá!”.
Mas, será que essa mentalidade tem base bíblica? Será que Deus realmente promete riquezas terrenas para quem dá dinheiro na igreja?
Neste estudo, vamos direto à fonte – a Palavra de Deus – para entender:
📖 O que a Bíblia ensina sobre dízimos e ofertas?
📖 O dízimo ainda é válido para os cristãos hoje?
📖 Qual era o propósito do dízimo no Antigo Testamento?
📖 Como a Igreja Primitiva lidava com dinheiro e generosidade?
📖 Jesus e os apóstolos ensinavam sobre contribuir financeiramente?
📖 Como diferenciar um ensino bíblico saudável de manipulações religiosas?
A ideia aqui não é seguir tradições religiosas ou repetir o que nos ensinaram sem questionar. É olhar para a Bíblia de forma sincera e descobrir a verdade sobre esse assunto.
Então, pega sua Bíblia, seu café e vem comigo! Vamos juntos explorar o que a Palavra realmente diz sobre dízimos e ofertas. 🚀📖
1. O Dízimo no Antigo Testamento
O dízimo é um dos temas mais polêmicos quando se fala de dinheiro na Bíblia. Muita gente ouve pregações afirmando que o dízimo é uma obrigação para os cristãos hoje, mas será que isso realmente está na Bíblia?
Antes de tirarmos conclusões, precisamos entender como o dízimo surgiu, qual era seu propósito e para quem ele foi ordenado.
1.1. Origem e Propósito do Dízimo
No Antigo Testamento, o dízimo não era simplesmente uma oferta voluntária ou um ato de fé pessoal. Ele fazia parte da Lei dada a Israel e tinha funções específicas.
📖 Gênesis 14:18-20
“Então Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo. Abençoou ele a Abrão, dizendo: ‘Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que criou os céus e a terra! E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os seus inimigos em suas mãos!’ Então Abrão lhe deu o dízimo de tudo.”
Esse é o primeiro registro do dízimo na Bíblia, mas vale notar alguns pontos:
- Abraão não deu do seu próprio dinheiro ou bens. Ele entregou um dízimo dos despojos da guerra.
- Não há mandamento aqui dizendo que isso deveria ser feito regularmente ou que todos deveriam seguir esse exemplo.
Quando a Lei de Moisés foi estabelecida, o dízimo passou a ser um mandamento para Israel. Mas, diferente do que muitos pensam, não era dinheiro!
📖 Levítico 27:30-32
“Todos os dízimos da terra, sejam dos cereais do campo ou das frutas das árvores, pertencem ao Senhor; são santos para o Senhor.”
O que aprendemos aqui?
- O dízimo não era dinheiro, mas produtos da terra.
- Ele era considerado santo, pois pertencia ao Senhor.
Mas para que servia esse dízimo?
📖 Números 18:21-24
“Eis que dei aos filhos de Levi todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, o serviço da tenda da congregação.”
Aqui vemos claramente o propósito principal do dízimo:
- O dízimo sustentava os levitas, que eram os sacerdotes e não possuíam terras próprias para plantar.
- Não era um pagamento a Deus, mas sim um sistema de suporte para os que trabalhavam no templo.
Além disso, existiam diferentes tipos de dízimos:
- Dízimo dos levitas – Para o sustento dos sacerdotes (Números 18:21).
- Dízimo festivo – Parte do dízimo era usada pelo próprio ofertante em festas religiosas (Deuteronômio 14:22-26).
- Dízimo para os necessitados – A cada três anos, o dízimo era dado para órfãos, viúvas e estrangeiros (Deuteronômio 14:28-29).
Ou seja, o sistema do dízimo era muito mais complexo do que apenas “dar 10%”.
E aquele famoso texto de Malaquias, usado em tantas igrejas para incentivar a entrega do dízimo?
📖 Malaquias 3:8-10
“Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: ‘Em que te roubamos?’ Nos dízimos e nas ofertas! Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me agora nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.”
Muitos pregadores usam esse versículo para afirmar que quem não dá o dízimo está roubando a Deus, mas precisamos entender o contexto:
- Deus estava falando com Israel, que havia negligenciado sua obrigação dentro da Lei.
- A “casa do tesouro” era o templo, onde os dízimos eram armazenados como alimento para os levitas.
- A bênção prometida era chuva para as colheitas, já que o dízimo era tirado dos produtos da terra.
Esse texto não pode ser aplicado diretamente à igreja, pois a Lei Mosaica não se aplica aos cristãos da Nova Aliança.
1.2. O Dízimo Era uma Obrigação Apenas para Israel
Diante de tudo isso, podemos afirmar com certeza:
- O dízimo era parte da Lei de Moisés, dada exclusivamente ao povo de Israel.
- Ele nunca foi um mandamento universal para toda a humanidade.
- Os cristãos não estão debaixo da Lei de Moisés.
📖 Romanos 6:14
“Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.”
Se não estamos debaixo da Lei, significa que não somos obrigados a seguir o sistema de dízimos do Antigo Testamento.
Infelizmente, muitos líderes pegam textos do Antigo Testamento fora do contexto e aplicam diretamente à igreja, sem considerar que vivemos na Nova Aliança, onde a contribuição é baseada na generosidade, e não em porcentagens fixas.
Agora que entendemos como o dízimo funcionava no Antigo Testamento, vamos ver o que Jesus e os apóstolos ensinaram no Novo Testamento. Será que eles reforçaram essa prática ou ensinaram algo diferente?
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2. O Dízimo no Novo Testamento
Se o dízimo era uma prática específica da Lei de Moisés, a grande pergunta é: o que acontece no Novo Testamento? Será que Jesus e os apóstolos reforçaram essa prática? Ou será que a contribuição mudou na Nova Aliança?
Vamos analisar os principais textos que falam sobre esse tema e entender como a igreja primitiva lidava com ofertas e sustento ministerial.
2.1. Jesus e o Dízimo
Jesus menciona o dízimo? Sim. Mas em que contexto?
📖 Mateus 23:23
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas desprezais o mais importante da lei: o juízo, a misericórdia e a fé. Devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas.”
Esse versículo é um dos poucos onde Jesus fala diretamente sobre o dízimo. Mas repare em alguns detalhes importantes:
- Ele estava falando aos fariseus, que ainda estavam debaixo da Lei Mosaica.
- O dízimo que eles davam não era dinheiro, mas ervas e especiarias.
- Jesus não estava ensinando sobre o dízimo para seus discípulos, mas criticando os fariseus por serem rigorosos em algo menor e negligenciarem o mais importante.
Agora, quando Jesus fala sobre contribuição e generosidade, Ele não menciona valores fixos ou obrigações financeiras, mas elogia a entrega voluntária e sacrificial.
📖 Lucas 21:1-4
“E, olhando ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro; e viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas; e disse: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos. Porque todos aqueles deram como oferta daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha para seu sustento.”
Aqui, Jesus ensina algo essencial:
- A contribuição não deve ser medida por quantidade, mas pelo coração e pela disposição de dar.
- A viúva não deu 10%, mas tudo o que tinha – e Jesus elogiou sua generosidade.
- Em nenhum momento Jesus disse que dar o dízimo era um mandamento para seus seguidores.
Ou seja, Jesus não reforçou o dízimo como prática obrigatória para os cristãos.
2.2. A Igreja Primitiva e as Ofertas
Se o dízimo não era obrigatório para os discípulos de Jesus, como a igreja primitiva lidava com as contribuições?
📖 Atos 2:44-45
“Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um.”
📖 Atos 4:32-37
“Da multidão dos que criam, era um o coração e a alma. Ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. (…) Pois não havia entre eles necessitado algum.”
Aqui vemos que a igreja primitiva não tinha um sistema de dízimo obrigatório. Em vez disso:
- Os cristãos doavam voluntariamente conforme viam necessidade.
- Alguns vendiam bens para ajudar irmãos mais pobres.
- A contribuição era comunitária e espontânea, sem percentual fixo.
Paulo também ensina sobre ofertas e generosidade, e seu ensino segue essa mesma lógica:
📖 2 Coríntios 9:6-7
“E digo isto: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia com fartura, com fartura também ceifará. Cada um contribua conforme propôs no coração, não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama quem dá com alegria.”
Perceba os princípios aqui:
- A contribuição deve ser voluntária e proporcional à capacidade de cada um.
- Não deve ser dada por obrigação (“não com tristeza ou por necessidade”).
- Deus ama quem dá com alegria, e não por pressão ou medo de maldição.
Ou seja, o Novo Testamento ensina um modelo de generosidade, não de obrigação.
2.3. Diferença entre Dízimos e Ofertas Voluntárias
Diante de tudo o que vimos até aqui, fica claro que há uma grande diferença entre o dízimo da Lei de Moisés e as ofertas voluntárias ensinadas no Novo Testamento.
📌 Dízimo no Antigo Testamento
- Era uma obrigação dentro da Lei.
- Destinado ao sustento dos levitas e assistência social.
- Não era dinheiro, mas produtos agrícolas e gado.
- Exclusivo para Israel, não para toda a humanidade.
📌 Ofertas no Novo Testamento
- Não há percentual fixo – a contribuição é proporcional ao coração e à condição da pessoa.
- Deve ser feita voluntariamente, sem pressão ou ameaças.
- O propósito é ajudar os necessitados e sustentar o ministério, mas sem abusos.
- A ênfase é na generosidade e no amor, não na obrigação legalista.
Ou seja, o Novo Testamento não ensina que o cristão precisa dar 10% de sua renda para estar em dia com Deus. Em vez disso, ensina que devemos contribuir conforme o nosso coração, sem obrigação, mas por amor e generosidade.
Agora que entendemos como a contribuição funciona no Novo Testamento, precisamos falar sobre um ponto importante: as promessas de riqueza feitas por algumas pregações modernas. Será que a Bíblia realmente ensina que quem dá mais vai receber mais? Ou isso é uma distorção do evangelho?
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3. O Perigo das Pregações da Prosperidade
Nos últimos anos, muitas igrejas adotaram a chamada teologia da prosperidade, que ensina que dar dinheiro na igreja é um caminho para receber riquezas de Deus. Essas pregações geralmente usam versículos fora de contexto para convencer as pessoas de que, quanto mais ofertarem, mais bênçãos materiais receberão.
Mas será que essa ideia realmente vem da Bíblia? Vamos analisar o que as Escrituras dizem sobre promessas de riqueza, o exemplo dos apóstolos e o comportamento de líderes espirituais.
3.1. Promessas Falsas de Riqueza
Uma das táticas mais comuns da teologia da prosperidade é fazer promessas de prosperidade financeira para quem der ofertas generosas. Mas quando olhamos para a Bíblia, vemos algo bem diferente.
📖 Mateus 4:8-10
“Novamente, o diabo o levou a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles. E disse-lhe: ‘Tudo isso te darei se, prostrado, me adorares’. Então Jesus lhe disse: ‘Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele servirás’.”
Aqui está um detalhe que muitos ignoram: quem prometeu riquezas materiais foi Satanás, não Deus!
Muitos pregadores fazem promessas financeiras em nome de Deus, mas Jesus nunca disse que seguir a Ele traria riquezas terrenas. Pelo contrário, Ele ensinou que devemos ajuntar tesouros no céu, e não na terra (Mateus 6:19-21).
Paulo também alertou sobre o perigo da obsessão por dinheiro:
📖 1 Timóteo 6:9-10
“Os que querem tornar-se ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos insensatos e nocivos, que levam os homens a mergulhar na ruína e na destruição. Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e se atormentaram com muitas dores.”
- Dinheiro não é problema, mas o amor ao dinheiro sim.
- A busca pela riqueza tem desviado muitas pessoas da fé genuína.
E Pedro alertou que falsos mestres explorariam o povo com palavras enganosas para obter lucro:
📖 2 Pedro 2:1-3
“E por avareza, farão de vós comércio com palavras fingidas; para eles, a condenação já de longo tempo não tarda, e a sua destruição não dormita.”
Ou seja, a Bíblia já avisava que haveria líderes religiosos usando o evangelho para enriquecer.
3.2. Os Apóstolos Não Pediam Dinheiro para Enriquecer
Se Jesus e os apóstolos fossem influenciados pela teologia da prosperidade, esperaríamos ver exemplos de ofertas sendo pedidas em troca de bênçãos. Mas o que vemos na Bíblia é exatamente o oposto.
Jesus enviou seus discípulos para pregar o evangelho e deixou claro que o foco não era dinheiro:
📖 Mateus 10:8
“De graça recebestes, de graça dai.”
Os apóstolos também não buscavam riquezas. Veja o exemplo de Pedro e João:
📖 Atos 3:6
“E disse Pedro: ‘Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho te dou; em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda’.”
Se riqueza material fosse uma promessa para quem serve a Deus, Pedro e João teriam muito dinheiro. Mas Pedro deixa claro: não tenho prata nem ouro. O que eles tinham era algo muito maior – o poder de Deus.
Paulo, por sua vez, também rejeitou qualquer ideia de enriquecimento por meio da fé. Pelo contrário, ele trabalhava para não ser um peso para os irmãos:
📖 1 Coríntios 9:18
“Qual é, pois, a minha recompensa? Que, pregando o evangelho, eu o apresente de graça, não usando da minha autoridade no evangelho para meu próprio proveito.”
- Os apóstolos não pediam dinheiro para si mesmos.
- O evangelho era pregado gratuitamente.
- O foco nunca foi riqueza material, mas a pregação da Palavra.
Isso está bem longe do que vemos hoje em igrejas onde líderes vivem no luxo, enquanto os fiéis são pressionados a dar o que não têm.
3.3. Pastores Enriquecendo X Ensino Bíblico
A Bíblia é clara sobre o papel dos líderes espirituais e como eles devem se comportar.
📖 Jeremias 23:1-2
“Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! diz o Senhor. Portanto, assim diz o Senhor, Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor.”
Deus repreende líderes que exploram e maltratam o povo. Esse é um alerta para pastores que vivem em ostentação às custas das ovelhas.
Outro texto forte está em Ezequiel:
📖 Ezequiel 34:2-10
“Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não deviam os pastores apascentar as ovelhas? Comeis a gordura, vestis-vos com a lã, degolais o cevado, mas não apascentais as ovelhas. (…)”
Os verdadeiros líderes devem cuidar do rebanho, não explorá-lo.
Paulo também dá uma orientação clara sobre o comportamento dos líderes da igreja:
📖 1 Timóteo 3:2-3
“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância (…).”
A palavra “torpe ganância” significa desejo de enriquecimento desonesto.
- Um verdadeiro pastor não deve buscar lucro pessoal no evangelho.
- A missão do líder é servir, e não se aproveitar das ovelhas.
- O foco deve ser o ensino e o cuidado, não o luxo e o status.
Infelizmente, vemos cada vez mais “líderes” ostentando carrões, mansões e até jatinhos, enquanto pressionam os fiéis a “sacrificarem” cada vez mais dinheiro para a igreja.
Isso é o oposto do modelo bíblico de liderança.
Resumindo…
A teologia da prosperidade não tem base bíblica.
- Deus nunca prometeu riquezas em troca de ofertas.
- O dízimo era parte da Lei de Moisés, não uma obrigação para cristãos.
- Os apóstolos não pediam dinheiro para enriquecimento pessoal.
- A Bíblia condena pastores que exploram o povo.
Em vez disso, a Bíblia ensina generosidade voluntária, sem pressões ou promessas falsas.
Se você quer contribuir para a obra de Deus, faça isso com alegria e discernimento, e não por medo ou manipulação.
Agora, me diz: o que você pensa sobre esse assunto? Já viu igrejas usando a teologia da prosperidade para manipular as pessoas? Deixe seu comentário! 👇🔥
Vamos prosseguir…
4. Como Devemos Contribuir Biblicamente?
Agora que entendemos que o dízimo era uma prática da Lei Mosaica e que o Novo Testamento ensina um modelo diferente de contribuição, surge a grande questão:
👉 Se não há mais obrigação de dar 10%, então como devemos contribuir na igreja?
A resposta está, como vimos antes, na generosidade voluntária, baseada no amor, na gratidão e no desejo de ajudar a obra de Deus e as pessoas ao nosso redor.
Vamos ver e relembrar o que a Bíblia realmente ensina sobre a forma correta de contribuir?
4.1. Princípios da Contribuição no Novo Testamento
Diferente do Antigo Testamento, onde havia uma porcentagem fixa e uma obrigação legal, no Novo Testamento a contribuição é ensinada como um ato de generosidade espontânea, baseado em algumas diretrizes:
📖 2 Coríntios 8:12
“Se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que alguém tem, e não segundo o que não tem.”
- A contribuição não deve ser um peso.
- Deus aceita o que podemos dar, não o que nos forçamos a dar.
- Ninguém deve ser levado a contribuir além de suas possibilidades.
Paulo também enfatiza que a doação deve vir do coração, sem obrigação ou tristeza:
📖 2 Coríntios 9:7
“Cada um contribua conforme propôs no coração, não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama quem dá com alegria.”
Aqui aprendemos que:
- Contribuir é uma escolha individual (“conforme propôs no coração”).
- Não deve ser feito com peso ou obrigação (“não com tristeza ou por necessidade”).
- Deus se agrada de quem contribui voluntariamente.
E qual era o critério para definir o valor da contribuição?
📖 1 Coríntios 16:1-2
“No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade (…).”
- A contribuição deve ser proporcional à condição financeira de cada um.
- Não há um percentual fixo (como os 10% do dízimo).
Ou seja, não existe um valor obrigatório. Cada pessoa decide o que pode e quer dar, sem ser coagida ou ameaçada.
4.2. O Foco Deve Ser Generosidade e Não Obrigação
Diante de tudo o que vimos, fica claro que a contribuição cristã não deve ser um peso, mas um privilégio.
⚠️ O que a Bíblia não ensina?
❌ Não há um percentual fixo como os 10% do dízimo da Lei de Moisés.
❌ Não há nenhuma promessa de riqueza em troca de ofertas.
❌ Não há pressão para fazer “sacrifícios financeiros” e dar além do que a pessoa pode.
✅ O que a Bíblia ensina?
✔ A contribuição deve ser voluntária, sem pressão ou ameaças (2 Coríntios 9:7).
✔ A prioridade deve ser ajudar os necessitados, não enriquecer líderes religiosos (Atos 2:44-45).
✔ Cada um contribui conforme a própria condição financeira, sem sacrifícios que causem sofrimento (2 Coríntios 8:12).
Ou seja, a forma correta de contribuir não é por obrigação, mas por amor a Deus e ao próximo.
Conclusão: O Que a Bíblia Realmente Ensina Sobre Dízimos e Ofertas?
Depois de analisarmos cuidadosamente as Escrituras, fica claro que o ensino bíblico sobre contribuição é bem diferente do que muitas igrejas pregam hoje.
📌 O dízimo era uma obrigação na Lei Mosaica, exclusiva para Israel.
📌 No Novo Testamento, não há um percentual fixo. A contribuição deve ser voluntária.
📌 A promessa de riquezas em troca de ofertas é uma distorção do evangelho.
📌 Os apóstolos nunca pediram dinheiro para enriquecer, mas ensinaram sobre generosidade.
📌 Pastores que exploram os fiéis estão longe do modelo bíblico de liderança.
📌 A verdadeira contribuição cristã é feita com alegria, segundo a condição de cada um, para suprir necessidades reais.
Em vez de dar por obrigação ou por medo de ser “amaldiçoado”, o cristão deve contribuir porque ama a Deus e deseja apoiar a obra dEle na terra.
📖 2 Coríntios 9:7
“Cada um contribua conforme propôs no coração, não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama quem dá com alegria.”
O foco da contribuição não deve ser enriquecer líderes, mas ajudar o próximo e sustentar a pregação do evangelho.
Agora é com você!
💬 O que você pensa sobre isso? Você já ouviu pregações que distorcem o ensino sobre contribuição? Como você enxerga a forma correta de ofertar?
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