Davi, ao compor o Salmo 103, lista vários motivos para louvar a Deus: perdão, cura, redenção, amor, justiça. Ele conversa consigo mesmo para não esquecer os benefícios do Senhor. Paulo, em 1 Tessalonicenses, instrui a ser grato “em tudo”, não por tudo, reconhecendo que a gratidão é uma atitude de confiança.
A gratidão tem poder terapêutico. Pesquisas de psicologia positiva mostram que pessoas que praticam gratidão regularmente apresentam maior bem-estar, menos depressão e relacionamentos mais fortes. Espiritualmente, agradecer mantém o coração alinhado com a realidade de que tudo provém de Deus (Tg 1:17).
Esquecer os benefícios do Senhor é fácil quando nos concentramos nas falhas ou no que ainda não possuímos. Davi nos chama à memória: perdão (v.3), cura, redenção, coroa de amor e misericórdia, renovação. Lembrar disso inflama adoração.
Paulo, por sua vez, diz para agradecer “em tudo”. Não agradecemos a tragédia em si, mas podemos agradecer porque Deus está conosco na dor, porque Ele trabalha todas as coisas para o nosso bem (Rm 8:28). Gratidão não ignora a realidade; ela destaca a soberania divina acima das circunstâncias.
Cultivar gratidão diária nos ajuda a enxergar milagres simples: um nascer do sol, um sorriso recebido, um alimento no prato. Essas pequenas bênçãos são sinais do cuidado de Deus. E quando agradecemos, abrimos espaço para receber mais (Lc 17:15-19).