A noite mais dramática da história de Israel estava prestes a acontecer.
Após nove pragas devastadoras, faraó continuava resistente, recusando-se a libertar os hebreus da escravidão. Mas então veio o golpe final: a morte dos primogênitos do Egito.
Essa não seria apenas mais uma praga, mas um ato de juízo sobre os egípcios e um sinal de redenção para Israel.
A Páscoa foi instituída nessa noite, marcando o livramento do povo de Deus e apontando para algo muito maior no futuro.
A Última Praga: A Morte dos Primogênitos
📖 “À meia-noite o Senhor feriu todos os primogênitos do Egito, desde o filho mais velho do faraó, que se assentava no trono, até o primogênito do prisioneiro que estava na masmorra, e todos os primogênitos dos animais.” (Êxodo 12:29)
Deus já havia avisado o faraó. Se ele continuasse endurecendo o coração (sim, sabemos que isso foi uma ação de Deus), essa praga viria como juízo final sobre a nação egípcia.
Portanto, essa praga não era apenas sobre justiça; ela revelava a soberania de Deus sobre a vida e a morte.
Contudo, enquanto a praga pairava sobre o Egito, Deus deu instruções específicas para que os israelitas fossem poupados.
A Instituição da Páscoa: O Cordeiro que Livra da Morte
📖 “Cada família tomará para si um cordeiro sem defeito, macho de um ano.” (Êxodo 12:3,5)
Desse modo, Deus ordenou que cada família israelita sacrificasse um cordeiro perfeito e passasse o sangue nos batentes e umbrais das portas.
📖 “O sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês estão; quando eu vir o sangue, passarei adiante.” (Êxodo 12:13)
Essa foi a primeira Páscoa, e o nome vem justamente desse ato: o anjo destruidor passou sobre (passover) as casas marcadas pelo sangue.
Os Elementos da Páscoa e Seu Significado
Deus instruiu que o povo celebrasse essa noite com uma refeição especial:
🥩 Cordeiro assado – Simbolizava o sacrifício da redenção.
🍞 Pães sem fermento – Representavam a pressa da saída e a pureza da nova vida.
🌿 Ervas amargas – Lembravam o sofrimento da escravidão no Egito.
Além disso, o Senhor disse que essa celebração deveria ser repetida anualmente, para que Israel nunca se esquecesse desse dia.
📖 “Esse será um estatuto perpétuo para vocês e seus descendentes.” (Êxodo 12:24)
O Juízo e o Clamor no Egito
À meia-noite, o juízo caiu sobre os egípcios.
📖 “Houve grande clamor no Egito, pois não havia casa onde não houvesse um morto.” (Êxodo 12:30)
O faraó, que antes se achava um deus, viu seu próprio filho morto. O Egito inteiro reconheceu que o Deus de Israel era o único Deus verdadeiro.
Sem alternativas, o faraó cedeu.
📖 “Levantem-se e saiam do meio do meu povo! Vão e adorem ao Senhor, como pediram.” (Êxodo 12:31)
Israel, enfim, estava livre.
A Páscoa Aponta Para Cristo
Séculos depois, Jesus celebrou a Páscoa com seus discípulos na Última Ceia. Mas, naquela noite, algo diferente aconteceu.
📖 “Este é o meu corpo, que é dado por vocês. Façam isto em memória de mim.” (Lucas 22:19)
Jesus revelou que Ele mesmo era o verdadeiro Cordeiro Pascal.
📖 “Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi sacrificado por nós.” (1 Coríntios 5:7)
Assim como o sangue do cordeiro livrou Israel da morte, o sangue de Cristo nos livra do pecado e da condenação eterna.
A Páscoa foi um evento real e histórico, mas também um sinal profético do plano de salvação.
O Que Isso Nos Ensina?
A Páscoa nos ensina três verdades fundamentais:
✅ A salvação vem pelo sangue. O sangue do cordeiro livrou Israel, e o sangue de Jesus nos livra do pecado.
✅ A obediência protege. Quem seguiu as instruções de Deus foi poupado. Quem ignorou, sofreu as consequências.
✅ A Páscoa é um memorial. Deus ordenou que Israel lembrasse disso para sempre – e Jesus deu um novo significado a ela na Última Ceia.
📖 “Se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres.” (João 8:36)
Hoje, podemos celebrar a verdadeira Páscoa, sabendo que Cristo nos libertou do cativeiro do pecado.